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sábado, 5 de setembro de 2015

Ricardo admite deficiência tática e diz que Botafogo venceu com o "coração"


Alvinegro conseguiu marcar gol da vitória no última lance após sofrer gol de empate aos 47 minutos. Técnico aproveita para elogiar garra da equipe em pronta reação






O Botafogo precisou mostrar poder de reação para derrubar o Vitória, dentro do Barradão, na tarde deste sábado. Depois de mostrar um sono profundo das duas equipes no primeiro tempo, a partida ganhou em emoção na etapa final, principalmente no apagar das luzes. O Bota levou o gol de empate aos 47 minutos, mas conseguiu o gol da vitória dois minutos depois, com Sassá(confira os melhores momentos no vídeo acima). Um triunfo que, na visão de Ricardo Gomes, mostra o tamanho do coração da equipe alvinegra. Apesar de admitir que a performance técnica e tática não foi das melhores, o técnico pontuou com elogios à garra do time que se mantém na liderança da Série B do Brasileiro.


- Foi um jogo de muita disputa. Taticamente não foi nossa melhor atuação, mas por vezes você precisa de muito coração, ganhar na raça, e foi o caso de hoje. Começamos tímidos e, até os 20 minutos, o Vitória tomou conta. Nos recuperamos ainda antes do intervalo e tivemos as melhores oportunidades, duas vezes com o Lulinha. Na segunda etapa foi um jogo ainda mais disputado, mas técnica e taticamente não foi bom. Mas algumas vezes tem que ganhar assim, na raça. E foi o que aconteceu - disse o técnico.

Ricardo Gomes exaltou a entrega dos jogadores do Botafogo para bater o Vitória (Foto: Twitter do Botafogo)

Mais uma vez decisivo marcando o primeiro do Botafogo, Álvaro Navarro também foi elogiado por Ricardo Gomes. Contudo, o técnico contrabalançou freando uma euforia em torno do uruguaio e afirmou que a responsabilidade não pode ser jogada em cima de apenas uma peça do elenco.


- Referência, não. Ele está numa forma extraordinária, mas é um todo. Não acredito num só jogador. Quero que o Navarro faça três gols todo jogo, mas não é sempre que acontece. Hoje ele fez um gol espetacular. Desde que chegou o Navarro surpreendeu, eu não o conhecia. Não é muito habilidoso, mas conhece do jogo e tem um posicionamento muito bom e por isso está sempre bem colocado na área.


O Botafogo segue líder isolado na tabela da Série B do Campeonato Brasileiro, com 43 pontos. O próximo compromisso dos alvinegros é na terça-feira, às 19h, contra o Paraná, no Engenhão.


CONFIRA OUTRAS RESPOSTAS DE RICARDO GOMES

Substituições que fizeram diferença

As mexidas foram mais pelas circunstâncias do jogo. Precisávamos de alguém de velocidade na frente, e o Navarro estava sentindo. O Fernandes, que foi bem, cansou, e o Camacho era o mais próximo que eu tinha dele. O Elvis só não começou por causa do adutor, estava em fase de recuperação. Acho que o Sassá vai melhorar bastante nessa nova posição.

Gol da vitória no último lance do jogo

Pensamos 24 horas no Botafogo. Somos profissionais e ganhamos para isso. Mas isso ainda é um jogo, e por vezes você faz tudo certo e não tem resposta positiva. Tentamos diminuir a margem de erro, mas não controlamos tudo. Hoje tivemos um vacilo e logo depois marcamos o gol. Vai dizer que isso foi trabalhado? Não foi. É um jogo, e por vezes as cartas vêm, outras, não. Se fosse empate, nosso discurso seria de que o time foi corajoso mas deixou dois pontos aqui. Ainda bem que não controlamos tudo. Caso contrário não estaríamos aqui trabalhando por isso.

Nova formação do meio-campo

Gostei. Temos ainda três meias que não atuaram: Daniel Carvalho, Diego Jardel e Gegê. Então tenho condições de fazer esse time andar bem. Mas tudo vai depender do jogo e do adversário. Por isso o dia a dia é importante, apesar de termos de pensar na próxima partida. Hoje com o Elvis corri um risco, pois tive a informação de que ele está perto de ter um problema muscular. Mas eu achava que nesse jogo ele era extremamente importante. Deu tudo certo hoje, mas já estamos pensando no Paraná.

Ausência de Luís Henrique da viagem a Salvador

Gosto muito dele, mas é um garoto de 17 anos. Olha o nosso calendário: fica no banco, viaja, trabalha pouco e fica no banco de novo. Isso tem um tempo limite e já passou. Ontem falei com ele em relação a isso. Tem 17 anos e está em formação. A torcida gosta dele e eu também, mas está em formação e não pode ficar no banco o campeonato todo, porque vai ser mais fraco em 2016. Temos que pensar no Luís Henrique. Acho que ele ainda vai dar a resposta que a torcida espera, mas tem que ser com cuidado. Uma coisa é lançar um jogador de defesa de 17 anos, outra é lançar alguém que tem a responsabilidade de fazer a diferença na frente. Se ele estiver em forma, mas o tempo inteiro no banco, não vai resolver.

Sassá como centroavante

Gosto bastante dele assim. Mas eu não inventei nada. O Jair (Ventura) já fazia isso com ele em 2012, nos juniores. Então estou pegando informações.

Por Gustavo RotsteinSalvador, BA/GE

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