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quarta-feira, 9 de março de 2016

Bota aumenta ativo e chega a 71,2% dos direitos econômicos do elenco


Após possuir 100% de dois atletas em 2014, clube passa a ter participação integral de metade do plantel profissional e tem só seis com menos de 50%, entre eles Jefferson





Obs: Ribamar já acertou renovação até 2018, mas contrato
 ainda não foi registrado na Ferj e CBF (Foto: Arte Esporte)
O Botafogo lançou na noite da última terça-feira o seu novo "portal da transparência", espaço onde divulga informações da administração do clube, como por exemplo balanços financeiros, estatutos internos, parcelas do Ato Trabalhista... E também a porcentagem sobre cada um dos 31 jogadores do elenco profissional. Analisando os dados, o Alvinegro possui 71,2% dos direitos econômicos de seu plantel, tendo 100% sobre 15 atletas, equivalente à metade do grupo. Entre eles, estão três dos quatro gringos contratados (Carli, Salgueiro e Gervasio "Yaca" Núñez"), três recém-promovidos da base (Matheus Cabral, de 17 anos, Marcinho, de 19, e Diego, de 20) e dois em fim de contrato (Airton e Gegê, que discutem a renovação do vínculo que termina após o Campeonato Carioca). Números muito melhores em comparação com o quadro do fim de 2014 e início do ano passado, quando só tinha participação integralmente sobre dois do time principal: Helton Leite e Marcelo Mattos.


O clube tem apenas seis dos 31 jogadores com menos que 50% de seus direitos, caso do ídolo Jefferson. Por conta de dívidas de antigas administrações com o goleiro, a diretoria cedeu todos os direitos que tinha para o atleta. Com isso, em caso de venda, o Alvinegro não receberia nada. Neilton, Octávio e os emprestados Lizio e Diogo Barbosa são outros que renderiam pouco aos cofres de General Severiano ou sairiam de graça em casos de negociação.


No Brasil, os direitos econômicos já foram muitas vezes fatiados entre jogadores e empresários, usados como abatimento de dívidas e até mesmo como garantias bancárias para empréstimos. Mas com a determinação da Fifa no ano passado, vetando a participação de investidores e exigindo dos clubes os direitos sobre os atletas sob novos contratos, o próprio Botafogo readquiriu grande parte do que pertencia a terceiros. Medida que aumenta o ativo do Alvinegro, que enfrenta dificuldades financeiras e está sem patrocinador master há um ano.


Na base, o número é ainda 10% mais alto. Dos 27 que já têm contratos profissionais nas categorias inferiores, o Alvinegro possui 81,2% de seus direitos econômicos, sendo oito deles com 100%: os goleiros Diego Terra e Victor Hugo, os zagueiros Luis Carlos e Zyan, o lateral-direito Lucas Cesar e os meias Gustavo Machado, Ion e Rodrigo. E só um está abaixo dos 50%: o defensor Marcelo Conceição, emprestado pelo Resende até o fim da temporada e que teve 15% de seus direitos adquiridos pelo Botafogo. Na lista ainda não consta o nome de Victor Lindenberg, lateral-esquerdo de 18 anos que chegou à General Severiano em 2015, integrou o time sub-20 e subiu esta semana para um período de experiência no profissional.


Atualmente no Vasco, Jorge Henrique defendeu o
Botafogo entre 2007 e 2008 (Foto: André Durão)
Diferentemente dos direitos federativos, que permitem ao jogador disputar campeonatos pelo clube e terminam ao fim do contrato, os econômicos podem continuar mesmo após o encerramento do vínculo. Por isso, nos dados divulgados pelo Alvinegro aparecem jogadores que já deixaram o clube definitivamente. O caso mais famoso é o de Jorge Henrique. O Botafogo possui ainda 10% dos direitos do atacante que atualmente defende o rival Vasco. Os demais nomes são de ex-atletas da base, como por exemplo o meia Matheus Celestino (10%), do Corinthians; o atacante Pablo (20%), do Flamengo; e o lateral Loran (30%), do Grêmio.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

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