Alvinegro investe em tecnologia de ponta para espantar bruxa solta e já começa a ver resultados. Mais equipamentos vão chegar a General Severiano nos próximos meses
Não é apenas na tabela que os ventos começam a soprar a favor para o Botafogo. Fora de campo a maré também virou, e o Alvinegro comemora a terceira semana seguida sem sofrer com novas lesões musculares. O problema atormentou o elenco desde a pré-temporada, e em maio o clube chegou a ter uma média de dois jogadores machucados a cada 30 dias. A bruxa antigamente solta foi apontada pela própria comissão técnica como um dos fatores responsáveis pelo desempenho ruim da equipe no primeiro turno do Campeonato Brasileiro.
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Termografia monta espécie de mapa de calor com regiões mais propícias a lesões musculares (Foto: Reprodução) |
Desde o dia 8 de agosto, quando Sassá foi liberado, o departamento médico anda vazio. Apenas Jefferson, em recuperação de uma cirurgia no braço esquerdo, e Lizio, operado por conta de uma pubalgia, não estão à disposição do técnico Jair Ventura. A dupla deve voltar em setembro.
O fato de ter ficado dez dias sem jogos em virtude do adiamento da partida contra o Grêmio colaborou, mas o investimento em aparelhagem de prevenção de lesões foi importante para esvaziar o departamento médico. Há cerca de dois meses, o Botafogo comprou equipamentos importados para formar uma espécie de centro de excelência em General Severiano. Segundo o GloboEsporte.com apurou, a diretoria planeja investir pelo menos R$ 300 mil até o fim do projeto.
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Após jogar 90 minutos contra Sport, Airton está sendo poupado do treino em campo (Foto: Divulgação/Twitter) |
– Usamos com o Airton, com o Lindoso... Todos os clubes top de linha têm esse mecanismo que dá subsídio para você minimizar isso (alto número de lesões). A lesão vai acontecer, mas não em nível grande. Você pode poupar o jogador de uma atividade ou tirar do treinamento. A diretoria vem fazendo um esforço para adquirir essa aparelhagem. Ela nos ajuda, mas não é só isso. Nosso calendário deu uma desafogada na tabela, deu tempo de recuperar jogador de um jogo para o outro. Tivemos ajustes dos trabalhos que foram feitos, diminuímos a carga com algumas coisas. E a gente chama o jogador, fala que tem que ter repouso, suplementação, se alimentar bem... Não adianta só treinar, se não comprar nossa ideia não vai a lugar nenhum.
No início de setembro, outro aparelho já comprado vai chegar a General Severiano: o Isocinético, que permite quantificar a função e o desempenho muscular do jogador, atuando também como um método preventivo e terapêutico de lesões. Outros que estão encaminhados são o Catapult, um GPS que reúne dados dos atletas durante os treinos e os apresentam em tempo real para o departamento médico e a preparação física, e o Quinel, que ajuda no fortalecimento e no tratamento de desequilíbrio muscular. Também está prevista nova aparelhagem da fisioterapia.
A prova de fogo será a partir da próxima semana. Em um período de dez dias, o Botafogo realizará quatro jogos. A maratona começa em 29 de agosto, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada. Depois serão três partidas seguidas na Arena Botafogo. Em 1º de setembro, o time recebe o Cruzeiro, pela Copa do Brasil. Três dias depois será a vez do Grêmio, em jogo adiado da 19ª rodada. E após mais 72 horas, o Alvinegro volta a campo para enfrentar o Fluminense.
Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro
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