Páginas

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Investida do Bom Senso consegue adiar votação da Lei de Responsabilidade



Jogadores conseguem que negociação do teor do projeto com governo seja estendido




Bom Senso F.C. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Bom Senso F.C. foi a Brasília (Foto: Reprodução/ Facebook)

Insatisfeito com o teor atual da Lei de Responsabilidade do Esporte, o Bom Senso F.C. enviou uma "força-tarefa" à Brasília e conseguiu o objetivo de evitar a votação na Câmara - a toque de caixa, como queriam a bancada da bola e os clubes - do projeto que parcela as dívidas das agremiações com a União. Agora, a apreciação deve ocorrer só em setembro.

Se um grupo de jogadores passou cerca de três horas com os deputados Romário (PSB-RJ) e Otávio Leite (PSDB-RJ) para apresentá-los as emendas requisitadas ao texto, outra parte sentou-se com o secretário de Futebol do Ministério do Esporte, Toninho Nascimento, além de representantes da Casa Civil, Advocacia-Geral da União e presidência, para negociar a inclusão de pontos defendidos pelos atletas, a fim de evitar que entre em vigor uma lei que na visão do Bom Senso é frouxa no controle do compromisso dos clubes em manter as contas em dia durante o ano todo.

O governo entrou em acordo com o Bom Senso para avaliar a viabilidade das propostas e enviar um parecer sobre elas no começo da próxima semana. A partir de então, em cerca de 15 dias, a análise será repassada ao clubes.

- Vamos dizer a eles o que é mais simples ou inteligente a se fazer. No fim da outra semana vamos sentar - governo, clubes e Bom Senso - para achar um denominador comum - explicou ao LANCE!Net Toninho Nascimento.

Mesmo com a ida do Bom Senso a Brasília, a expectativa é que as lideranças dos partidos entrem em acordo para que os deputados aprovem na sessão desta terça-feira, que ainda está em curso, a urgência da aprovação da Lei de Responsabilidade para que, com as arestas aparadas entre as partes interessadas, o projeto possa ser votado antes da eleição.

- A ideia é aprovar logo a urgência, porque o futebol brasileiro precisa - completou Toninho.
Quem não gostou do adiamento foi o deputado Otávio Leite, autor do substitutivo ao projeto original do Proforte.

- Isso vai permitir que os clubes saiam de uma situação caótica do ponto de vista financeiro. O 7 a 1 parece que não funcionou para o governo brasileiro. Era hora de colocarmos em votação, apresentar o projeto em plenário e os deputados colocassem emendas. Debatemos hoje mesmo com o Bom Senso durante três horas, várias ideias apareceram. Com a soberania do plenário, colocaríamos um ponto final em um tema que a sociedade clama. Vamos permanecer com essa estratégia de organização futebolística que nos levou ao fracasso? A equação sugerida do ponto de vista financeiro e tributário é perfeita. Falta o governo colocar sua base para debater e discutir. Como relator, lamento, porque é fruto de profunda discussões. Se não conseguirmos votar agora, vamos votar o mais breve possível - afirmou o parlamentar, durante a sessão da Câmara desta terça.


Igor Siqueira -  LANCENET! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sempre bem vindo. Participe com suas opiniões!