Atacante espera posicionamento da entidade máxima do futebol em sua cidade natal, no Pará. Contrato com o Alvinegro está suspenso
Jobson vai esperar mais alguns meses por uma resposta da Fifa (Foto: Vitor Silva / SSPress) |
- Acredito que em 90 dias nós teremos uma solução do caso do Jobson. Na sexta nós tivemos uma reunião com os advogados dele e conversamos a respeito da situação. Até amanhã (terça) teremos uma nova reunião para resolver. O Jobson não vai ficar no Rio de Janeiro. Ele está indo para a terra dele, para que possa ficar esperando a conclusão do processo. Nós temos bastante esperança de que vamos conseguir a absolvição. É muito difícil em termos jurídicos, mas estamos confiantes - disse à Rádio Brasil Nelson Mufarrej, vice-presidente do Botafogo.
A Fifa validou a suspensão de Jobson por quatro anos no fim de abril, momento em que Jobson negociava uma renovação de contrato com o clube. O compromisso se encerrava no meio do ano.
- O contrato com o Jobson já foi encerrado. Existe uma cláusula no contrato dele que se houvesse alguma coisa nesse sentido, o contrato se estancaria. Aí nós suspendemos o contrato dele no dia da decisão da Fifa. Havia antes uma proposta de renovação, mas não foi feita. Agora não tem como renovar. Como pode renovar o contrato se juridicamente ele está impedido de jogar durante quatro anos? - questionou o dirigente.
O cartola tem mantido contato com Jobson, que esteve presente na reunião da última sexta-feira.
- Com relação ao Jobson, ele está muito bem. Está mais centrado, abatido, mas consciente e torcendo pela absolvição.
Entenda o caso:
Há pouco mais de um ano, Jobson foi notificado de que estaria suspenso por quatro anos por ter se recusado a fazer um exame antidoping no dia 25 de março de 2014, pelo Antidoping da Arábia Saudita. O documento dizia que a suspensão preventiva vale para jogos "internamente e externamente". De acordo com a nota, o jogador se omitiu a realizar o teste e não deu ouvidos aos avisos subsequentes. O Comitê Antidoping afirma ter comunicado, primeiramente, o clube sobre a infração. Depois, o jogador teria sido procurado pessoalmente através de telefone e até mesmo em sua residência, não sendo encontrado.
Por fim, Jobson teria faltado a duas audiências no Gabinete da Presidência Geral da Juventude e Bem-Estar de Jidá. O comunicado do comitê lembrou que o jogador já teve outros dois problemas com doping, em 2009, testando positivo para o uso de cocaína, o que o deixou afastado dos gramados, primeiramente, por sete meses, e, depois, por mais seis.
Os advogados do atacante, no entanto, sempre afirmaram que o que aconteceu na ocasião foi uma arbitrariedade. A principal tese levantada pelos responsáveis pela defesa de Jobson é de que trata-se de uma espécie de represália, já que o atacante acionou o Al Ittihad na Fifa para receber salários e outros pagamentos devidos. Como o clube tem força na Federação Saudita, teria havido uma suposta articulação para punir o jogador numa situação no mínimo incomum quando se trata de um procedimento antidoping.
Jobson voltou a entrar em campo e reestreou com a camisa do Botafogo apenas no dia 20 de outubro do ano passado, no empate com o Sport, pelo Campeonato Brasileiro.
Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro/GE
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