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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Vice do Botafogo crê em decisão da Fifa sobre Jobson em 90 dias


Atacante espera posicionamento da entidade máxima do futebol em sua cidade natal, no Pará. Contrato com o Alvinegro está suspenso




Jobson vai esperar mais alguns meses por uma
 resposta da Fifa (Foto: Vitor Silva / SSPress)
O Botafogo acredita que em três meses terá um posicionamento da Fifa em relação a Jobson. O jogador está proibido de jogar desde que a entidade validou a punição de quatro anos imposta pela Federação Saudita de Futebol, que acusou o atleta a se recusar a fazer um exame antidoping em 2014. O Alvinegro, que suspendeu o contrato do atacante, o liberou para esperar o resultado em Conceição do Araguaia (PA), sua cidade natal.

- Acredito que em 90 dias nós teremos uma solução do caso do Jobson. Na sexta nós tivemos uma reunião com os advogados dele e conversamos a respeito da situação. Até amanhã (terça) teremos uma nova reunião para resolver. O Jobson não vai ficar no Rio de Janeiro. Ele está indo para a terra dele, para que possa ficar esperando a conclusão do processo. Nós temos bastante esperança de que vamos conseguir a absolvição. É muito difícil em termos jurídicos, mas estamos confiantes - disse à Rádio Brasil Nelson Mufarrej, vice-presidente do Botafogo.

A Fifa validou a suspensão de Jobson por quatro anos no fim de abril, momento em que Jobson negociava uma renovação de contrato com o clube. O compromisso se encerrava no meio do ano.

- O contrato com o Jobson já foi encerrado. Existe uma cláusula no contrato dele que se houvesse alguma coisa nesse sentido, o contrato se estancaria. Aí nós suspendemos o contrato dele no dia da decisão da Fifa. Havia antes uma proposta de renovação, mas não foi feita. Agora não tem como renovar. Como pode renovar o contrato se juridicamente ele está impedido de jogar durante quatro anos? - questionou o dirigente.

O cartola tem mantido contato com Jobson, que esteve presente na reunião da última sexta-feira.

- Com relação ao Jobson, ele está muito bem. Está mais centrado, abatido, mas consciente e torcendo pela absolvição.


Entenda o caso:


Há pouco mais de um ano, Jobson foi notificado de que estaria suspenso por quatro anos por ter se recusado a fazer um exame antidoping no dia 25 de março de 2014, pelo Antidoping da Arábia Saudita. O documento dizia que a suspensão preventiva vale para jogos "internamente e externamente". De acordo com a nota, o jogador se omitiu a realizar o teste e não deu ouvidos aos avisos subsequentes. O Comitê Antidoping afirma ter comunicado, primeiramente, o clube sobre a infração. Depois, o jogador teria sido procurado pessoalmente através de telefone e até mesmo em sua residência, não sendo encontrado.

Por fim, Jobson teria faltado a duas audiências no Gabinete da Presidência Geral da Juventude e Bem-Estar de Jidá. O comunicado do comitê lembrou que o jogador já teve outros dois problemas com doping, em 2009, testando positivo para o uso de cocaína, o que o deixou afastado dos gramados, primeiramente, por sete meses, e, depois, por mais seis.

Os advogados do atacante, no entanto, sempre afirmaram que o que aconteceu na ocasião foi uma arbitrariedade. A principal tese levantada pelos responsáveis pela defesa de Jobson é de que trata-se de uma espécie de represália, já que o atacante acionou o Al Ittihad na Fifa para receber salários e outros pagamentos devidos. Como o clube tem força na Federação Saudita, teria havido uma suposta articulação para punir o jogador numa situação no mínimo incomum quando se trata de um procedimento antidoping.

Jobson voltou a entrar em campo e reestreou com a camisa do Botafogo apenas no dia 20 de outubro do ano passado, no empate com o Sport, pelo Campeonato Brasileiro.

Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro/GE

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