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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Sucesso de joia não surpreende, e base do Bota aposta em novos frutos


Técnico do sub-17, Felipe Conceição, que trabalhou dois anos com Luis Henrique, diz que outras revelações irão estourar em breve: "Vai sair mais coisa dessa plantação"




Felipe Conceição, técnico do Botafogo sub-17
 (Foto: Sátiro Sodré/SS Press)
O início avassalador de Luis Henrique no Botafogo surpreendeu muita gente, mas não Felipe Conceição. Treinador da equipe sub-17, ele conviveu por dois anos com a nova sensação alvinegra e não foi pego de surpresa com o desempenho do jovem no time profissional. Para Felipe, era apenas uma questão de oportunidade para o garoto estourar.

- Não me surpreendeu. Quando o Manoel Reina (diretor da base) me perguntou sobre o Luis Henrique, dei a minha opinião e disse que achava que ele já poderia ir bem entre os profissionais. Não foi uma surpresa para mim. Ele surpreendeu muita gente, mas não a mim. Ele vem correspondendo às expectativas - garantiu Felipe Conceição.

As ainda curtas trajetórias de Felipe Conceição e Luis Henrique se misturam. Os dois chegaram praticamente juntos ao Botafogo e conviveram por dois anos. Nesse período, passaram por duas categorias da base alvinegra (sub-15 e sub-17) e cresceram dentro do clube. Com a promoção do jogador ao elenco principal, a parceria profissional acabou, mas a amizade continua.

- Há dois anos, eu estava fazendo curso de treinador da CBF e realizando estágio no Botafogo, quando o Luis Henrique chegou para fazer testes. Nessa época, já percebi o talento e comentei como ele era muito bom. Ele ficou no clube, e eu assumi a categoria sub-15. Iniciamos praticamente juntos nossas caminhadas no Botafogo. No ano passado, subimos para a equipe sub-17. Ele é um menino espetacular, disciplinado e com um potencial muito grande. Conheço o Luis muito bem. Ele tem muita maturidade, é um garoto concentrado e focado no trabalho. Continuamos nos falando, trocamos mensagens. Ele está muito feliz com tudo o que está acontecendo. Desejo toda a sorte a ele. Não falamos mais sobre táticas. Isso agora é com o René. Mas ficou a amizade, e o carinho continua o mesmo - disse o treinador.


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O sucesso precoce de Luis Henrique no time profissional não surpreendeu, mas Felipe aposta alto em relação ao futuro do garoto. Para ele, o atacante tem potencial para evoluir e se tornar um grande jogador.

- Eu acho que ele pode se tornar um dos melhores do país, sem dúvida, pelo potencial e características que tem. O Luis tem uma explosão muito forte e um vasto e eficiente repertório de finalizações. Ele tem tudo para chegar longe. Lógico que o caminho é longo, ele tem muito a evoluir, mas o talento está ali.

Luis Henrique Botafogo x Sampaio Correa (Foto: Estadão Conteúdo)
Novos frutos

Na opinião de Felipe Conceição, os botafoguenses podem ficar animados. A ascensão meteórica de Luis Henrique motivou a garotada da equipe sub-17. Segundo o treinador, essa geração - vice-campeã da Copa do Brasil da categoria - ainda dará muitas alegrias ao torcedor alvinegro:

- Conseguimos criar uma identificação muito forte nesses dois anos de trabalho, construímos algo bacana, construímos valores. Meu sentimento é de alegria, assim como o sentimento dos meninos. Eles estão motivados e acreditam que possam seguir o mesmo caminho do Luis. Já na Copa do Brasil sub-17, eu falei que esse time tem a chance de ser a base profissional do Botafogo daqui a um tempo. Não gosto de citar nomes, mas temos muitos jogadores que em breve acredito que estarão entre os profissionais. É uma geração muito talentosa e que está amadurecendo muito rapidamente. Vai sair mais coisa dessa plantação. Vem mais por aí.

Botafogo x Vitória, final da Copa do Brasil sub-17 (Foto: Satiro Sodre/SSPress)
Nesta quinta-feira, a equipe sub-17 do Botafogo estreia na Taça BH, contra o Tupinambás, em Juiz de Fora. O time é o mesmo que ficou com o vice-campeonato da Copa do Brasil da categoria, há dois meses. O único desfalque é Luis Henrique, agora jogador profissional do Botafogo.

- A base foi mantida, mas perdemos o Luis Henrique. Mas essa é uma perda que levo com alegria, e a considero uma vitória - completou.

Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro/GE

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