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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Ricardo Gomes aponta cansaço e lamenta empate: "Nada deu certo"



Técnico afirma que sequência de partidas pesou na atuação da equipe, mas admite que Botafogo fez escolhas erradas no 1 a 1 com o Oeste




A frustração da torcida do Botafogo com o empate em 1 a 1 com o Oeste, nesta terça-feira, no Estádio Nilton Santos, foi também o sentimento de Ricardo Gomes. Após a partida, o técnico lamentou o resultado e identificou o desgaste físico como determinante, mas admitiu que faltou algo a mais para que a noite de festa por Jefferson terminasse com os três pontos.
Montagem de capa do GE
- Hoje nada deu certo. Faltou frescor físico. Ora nós jogávamos, ora fazíamos escolhas erradas. Faltou inspiração. Com a sequência de jogos, perdemos o frescor físico, o que é importante contra um time bem armado como o Oeste hoje. Eles esperaram nosso erro e conseguiram - disse, após a partida.


Na entrevista coletiva, Ricardo Gomes também justificou algumas escolhas táticas, como a presença do Elvis mais à frente, atuando mais próximo de Sassá, o único atacante, de fato, em campo, durante toda a primeira etapa. De acordo com o treinador, o meia tem características ofensivas e pode vir a ser aproveitado nesta posição por mais vezes.


- O Elvis acho que pode jogar onde começou jogando hoje. A gente orienta, mas precisa ser trabalhado. Acho que pode render bastante como segundo atacante. O Neilton não começou jogando porque passou muito tempo em recuperação física - explicou.


A partir do meio do segundo tempo e, especialmente ao fim da partida, a torcida, irritada, passou a vaiar o time e a chamar o técnico de "burro". Questionado sobre o assunto, Ricardo afirmou que o torcedor tem todo o direito de protestar, afinal, paga o ingresso e quer assistir a um espetáculo em campo. O que não aconteceu nesta terça.


- O torcedor paga por um espetáculo. Eles querem ver um bom espetáculo. Quando não acontece, as críticas vêm. Não tem como negar o direito do torcedor de criticar. Quantos treinos nós demos depois do jogo contra o Mogi? (um regenerativo leve no sábado, quando voltaram de viagem, mais dois, domingo e segunda) Hoje faltou frescor físico. O torcedor que paga ingresso não quer saber de parte física. Ele quer saber do bom espetáculo. Estou justificando essa condição - afirmou.


Confira mais trechos da entrevista:


Mudanças só no segundo tempo


- Depois do resultado feito... não mudou nada do primeiro para o segundo tempo, com a chegada do Neilton. Estava faltando a parte física, importantíssimo na posse de bola. A gente recuperava, mas não tinha inspiração. Talvez pudesse ter colocado o Tomas mais cedo. O Elvis não estava inspirado, mas estava bem, correndo bem, então resolvi esperar um pouco mais.


Faltou um pouco de atitude?

- A falta de frescor físico faz você chegar atrasado, você escorregar... Sequência de jogos fez com que isso acontecesse. Se tivesse sido fora de casa... Hoje, foi chato por ter sido na frente do nosso torcedor, não tivemos boa atuação.

Time rendendo mais fora?

- Não acho. Acho que os números não mentem. Você não vai vencer todos os jogos em casa. Tive o Luverdense e agora o Oeste, empates em casa. Vi como jogos bem parecidos.

Time desatento no início

- Posicionamento e, consequentemente, o gol do adversário. Não concordo. Teve dois erros de posicionamento que originou o gol deles. Não teve erro de desatenção.

Sente dificuldade de encontrar um parceiro para o Arão no meio?

- Não acho. Temos o Camacho e Fernandes, que não participou hoje, e Serginho. Temos Daniel (Carvalho) e Elvis. Não vejo dificuldade. Tenho um bom time. É só escolha mesmo.

Dificuldade em criar gordura

- Jogo a jogo. Isso é mais tarde. Vamos falar disso nas últimas sete, oito rodadas. Muito cedo ainda. A menos que você se distancie de uma forma muito grande.

Por que Luís Henrique não vem jogando como titular?

- Jogo passado também foi assim. Sassá joga do lado e como ponta, centroavante. Luís Henrique está bem. Mas optei pelo Sassá. É opção.

Festa para o Jefferson

- Isso é para a torcida. É um jogador que dispensa comentários. Claro que o vestiário fica triste. Tivemos a oportunidade de desgarrar na liderança e não conseguimos.

Por Jessica Mello e João Paulo Maia Rio de Janeiro/GE

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