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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Bota arca com despesas de sauditas para agilizar recurso por Jobson


No entanto, assim como nos gastos que cabem ao jogador, valor será descontado dos quatro meses de salários devidos ao atacante



Jobson não tem mais contrato com o Botafogo, mas o clube tenta, de alguma forma, ajudar o jogador. Para agilizar o recurso que solicita à Fifa o efeito suspensivo em relação à pena de quatro anos imposta ao atacante, o Alvinegro vai assumir as despesas referentes ao processo que caberiam à Federação Saudita .

O Botafogo já havia arcado com a parte que cabia ao jogador, 18 mil francos suíços (cerca de R$ 60 mil). Os sauditas, no entanto, não pagaram as despesas do processo – 19 mil francos suíços (quase R$ 63 mil), o que atrasou o andamento do recurso. Na opinião da defesa do atacante, uma estratégia para tentar por fim à ação.

- A Federação Saudita contratou um escritório de advocacia suíço caríssimo para cuidar do caso, mas não pagou as despesas do processo. Eles sabem que o Jobson está desempregado há quatro meses e pode ser uma estratégia para encerrar o caso por falta de pagamento – afirmou Bichara Neto, um dos advogados de Jobson. 

Jobson aguarda resposta ao efeito suspensivo em relação à pena de quatro anos (Foto: Vitor Silva / SSPress)

Apesar de ajudar financeiramente na defesa de Jobson, o Botafogo tem um acordo com o jogador para que os valores sejam descontados dos quatro meses de salários atrasados devidos pelo clube ao atacante.

Entraves à parte, o recurso, aos poucos, vai andando lentamente. Não existe uma previsão para que o caso tenha uma solução, mas o Botafogo espera que, no máximo em 60 dias, a Fifa possa julgar o efeito suspensivo. A defesa do jogador solicita que Jobson seja liberado para jogar até que haja um veredicto.

- Esse é um regulamento totalmente contrário ao jogador. Esperamos uma solução em 30, 60 dias, especialmente pelo Jobson, que não está jogando. Até pelas notícias recentes, o jogador precisa de uma solução. É uma situação triste – lamentou o vice jurídico do Botafogo, Domingos Fleury.

Há duas semanas, Jobson foi detido no Pará por dirigir embriagado. Ao tentar fugir, o jogador foi preso e desacatou as autoridades. Após passar duas noites na cadeia, o atleta foi liberado depois de pagar fiança. Na internet, circulou uma foto de Jobson algemado e nitidamente acima do peso. O treinador alvinegro René Simões, na ocasião, lamentou: “Muito triste. Está gordo”.

Suspenso desde o fim de abril, Jobson está proibido até mesmo de treinar no Botafogo. Logo após a suspensão, o atacante chegou a treinar em uma academia com preparadores do clube, mas depois seguiu para o Pará.

Sindicato tenta intervir


Além dos tribunais, os representantes de Jobson buscam outros caminhos para ajudar o jogador. Por conta de um pedido de um dos advogados, o Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (SAFERJ) vai interferir junto à Fifa pelo efeito suspensivo.

Na próxima semana, Rinaldo Martorelli (presidente do Sindicato dos Atletas de São Paulo) vai a uma reunião do Fifapro, em Amsterdã, tentar intervir a favor do Jobson.

Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro/GE

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